Na sala vazia, despida dos enfeites, dos ornamentos, da bolas e das luzes, sento-me e olho pela janela. Lá estão as nuvens, pintadas de cores que não cabem na paleta. Lá está a luz do sol, que me aquece a alma, só de olhar. Perco-me a olhar. Permito-me contemplar. Encontro-me a cada inspiração daquele momento mágico, que dura apenas uns segundos, mas que insisto em repetir daí a outros tantos. Na minha cabeça passa uma banda sonora que não consigo identificar nem reproduzir. É só minha. Ainda não foi escrita. Ou talvez sim. Prefiro usufruir do momento, sem pensar. Eu e a música das cores nas nuvens com sol.
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