É disto que falo.
É isto que me faz falta.
O trânsito.
O barulho.
A confusão.
E ao mesmo tempo, o silêncio de Lisboa.
Faz-me falta a indiferença dos que passam. O anonimato.
Passar despercebida.
Gosto de olhar para a minha rua e relembrar um campo de futebol, onde eu não jogava, mas via jogar.
Um jardim onde antes esteve um avião, em que entravamos e brincávamos. Ficar a olhar para a minha rua, simplesmente, em busca das memórias que tenho (das que me lembro e das que me tento lembrar...)
Passar nas ruas de Benfica e relembrar brincadeiras e traquinices de jovem...inconsciente. Recordar os tempos de escola e mais tarde de faculdade...
Gosto de acordar no meu quarto em Lisboa. Sentir o sol a querer espreitar pela gelosia.
O ritual do pequeno-almoço.
Passeando pelas ruas em que vivi, encontro-me. Encontro a minha vida. O que fui. O que sou.
O que sou ganha outro sentido quando estou em Lisboa. Ainda não percebi porquê, nem como. Mas é assim.
Lisboa está-me no sangue. Faz-me falta.
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